Dias se passaram, Presto desfrutara de cada aprendizado novo, todo conhecimento era como um novo mundo de explorações para ele. No final de um determinado dia, não muito depois daqueles dois primeiros sonhos, ele chegara da escola, dispusera-se de seus instrumentos de estudo, alimentou-se e fora dormir, com a mente a ser inundada de informações que ele revisava sozinho, até dormir e sonhar:
Antes de abrir os olhos, ele sentiu seu rosto ser incomodado por ventos cortantes e todo o seu corpo incomodado por um calor intenso. Ao abrir os olhos, Presto vira apenas uma superfície amarelada a sua frente, repleta de areia sobre o solo e no ar suspensa pelo vento. Ao se levantar, Presto se viu rodeado de uma neblina de areia e fumaça formada por uma tempestade de areia no deserto quente e árido no qual se encontrava, que cobria os ares e tornava o horizonte translúcido.
Foi então que Presto atentou-se às suas vestes, que eram um tipo de bata, consideravelmente pesada e grossa, de cor bege, com uma corda apenas amarrada a cintura, além de um tipo de capuz de cor morrom, mais escuro que o resto do traje, cobrindo a sua cabeça, amenizando o efeito dos raios de sol em seu couro cabeludo e laterais do rosto, pescoço e nuca. Mas a vestimenta aquecia seu corpo ainda mais, fazendo-o transpirar excessivamente. Incomodado com a neblina, Presto pôs a mão à sua frente e passou a caminhar desnorteado, em meio ao denso deserto, sem nenhuma forma de vida ao redor, além de pequenos répteis.
Chegava a noite, e logo se sentia a temperatura baixar, minuto a minuto. Certa hora, já à noite e com a temperatura tendo baixado bruscamente, ele pôde ver melhor a paisagem que o cercava, com o cessar das tempestades de areia. Foi então que Presto viu, por de trás de uma pedra que estava parcialmente enterrada no solo, uma forma geométrica tal como um triângulo, mas se tratando de uma realidade tridimensional, deduziu ser a sombra de uma pirâmide na escuridão que mostrava seu cume por detrás da rocha. A noite cálida, fria e tortuosa não o deixava observar bem o ambiente onde estava ou para onde se dirigia, e sem opções, ele seguiu na direção da figura distante no horizonte, que a cada passo que ele realizava, crescia em suas dimensões, milímetro a milímetro...